segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mutirão pelo meio ambiente saudável: faça sua parte!




* Amanda Dutra Ramos (monitora do projeto
cidadecom )

( matéria especial p/a campanha blog action day que tem como tema em 2006: o
meio ambiente)http://www.blogactionday.com.br/

A constituição brasileira a assegura a todos o direito à qualidade de vida. A Lei Orgânica da Saúde, de nº. 8.080/90, afirma que a saúde depende, dentre outros, de saneamento básico, condições de trabalho e moradia e do meio ambiente saudável. No entanto, a qualidade de vida é constantemente ameaçada pelo crescimento urbano e pelo desenvolvimento das indústrias, sem as devidas cautelas sociais e ambientais. Em São Luís, devido ao uso e a ocupação desordenada das áreas que formam a Sub-Bacia do Rio das Bicas, as comunidades locais enfrentam os mais diversos problemas, como assoreamento (diminuição da profundidade e do alargamento do leito do rio), desmatamento, aterramento do mangue, lançamento de lixo e esgoto in natura provocando a contaminação da água do rio e do lençol freático e, conseqüentemente, a degradação de espaços destinados à preservação ambiental.

A Sub-Bacia do Rio das Bicas corresponde a uma área de aproximadamente 14km² e tem 33% de sua área localizada dentro do Parque Estadual do Bacanga
, essa área sofre pressões para ocupação principalmente por conjuntos residenciais de classe média e ocupações espontâneas localizadas nos arredores das áreas destinadas à preservação ambiental podendo, assim, atingir e prejudicar as nascentes que formam a Sub-Bacia do Rio das Bicas.

De acordo, com dados da pesquisa coletada nos bairros, apenas 7% dos entrevistados já tomaram banho no Rio das Bicas, em contrapartida na década de 1950, esse rio era um importante fornecedor de recursos naturais para os moradores dos bairros de Fátima, João Paulo e Sacavém que retiravam seu sustento da extração de madeira do mangue e da pesca do peixe, caranguejo, siri e camarão. “Antes catávamos caranguejos nos punho da rede”, relembra Manoel da Jesus Ferreira, integrante da Associação dos moradores da Salina do Sacavém; os tempos de fartura agora são apenas lembranças, “o rio das Bicas é uma lenda, temos que primeiro reconstruí-lo para depois preservá-lo”.

Com o passar dos anos, o uso e a ocupação das margens do rio foram aumentando e muitas áreas de mangue foram desmatadas e aterradas para a construção de moradias. Esse aumento populacional aconteceu, sobretudo, a partir de 1980, com a implantação de grandes projetos, como o Consórcio Alumar e o Sistema Mina-Ferrovia-Porto da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) que atraíram trabalhadores para o local. Com o desmatamento e a construção de moradia cresceu também a poluição das águas do rio pelo despejo de esgoto, lixo e entulho.
O problema sócio-ambiental nos centros urbanos requer, também, a adoção de uma política para o território que abranja estudos sobre a rede de cidades, bacias hidrográficas, uso e ocupação dedo solos, aproveitamento da água, esgoto, etc. Os movimentos sociais organizados têm um papel muito importante na luta por melhores condições de vida da população. Assim as políticas públicas e os programas sociais têm que resultar de um processo coletivo de construção.







SAIBA MAIS:



(cartilha feita pela UFMA)

Sub-Bacia do Rio das Bicas - Abrange, entre outros, os bairros do Parque Pindorama, Parque dos Nobres, Bairro de Fátima, Coroado, Filipinho, Salina da Sacavém, Parque Timbira, Coheb- Sacavém, Parque Amazonas, Sacavém e parte do Pólo Coroadinho. O Pólo Coroadinho reúne as comunidades da Vila Conceição, Vila São Sebastião, Vila dos Frades, Bom Jesus, Pica-Pau Amarelo, Vila São João, Parque Nice Lobão, Vila Natal, Alto do Parque Timbira, Vila dos Nobres, Sitio Piranhenga, Vila Maruím, Primavera, Alto do São Francisco, Flor do Cintra, Vila Braide, Vila Florestal e Morro do Zé Bombom.

Parque Estadual do Bacanga - Criado pelo Decreto Estadual nº 7.545/80, sofre pressões para ocupação principalmente por conjuntos residenciais de classe média e ocupações espontâneas localizadas nos arredores do parque. Essas ocupações das áreas destinadas à preservação ambiental podem atingir e prejudicar as nascentes que formam a Sub-Bacia do Rio das Bicas.

Projeto Cidade.Com: redes de mobilização social em saneamento ambiental e saúde na Sub-bacia do Rio das Bicas- Projeto de extensão universitária que fomenta espaços de diálogos e estratégias de promoção da saúde e da educação ambiental, com a mediação sócio-tecnológicas instituídas pelas rádios comunitárias. Estudantes e professores dos curso de comunicação social e geociências da UFMA. (MAIS INFORMAÇÕES: amandadutra20@yahoo.com.br)

Um comentário:

Renato Viana Waquim disse...

É isso aí vamos preservar! Na verdade queria comentar no post de baixo, mas estar bloqueado, pois fico "puto" com esses politicos que usam a universidade como palanque eleitoral.
Bjão.
Renato Waquim