quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Morto integrante do cacuriá da Dona Teté

Na madrugada de domingo, o ator e dançarino, Carlos Negão(companheiro do LABORARTE) foi assassinado com três tiros por um policial militar afastado desde de 2005, Edilson Carlos Cutrim Jr. (filho de um coronel reformado e sobrinho do Raimundo Cutrim).

A indigação pesa pela possibilidade de impunidade existente! Estamos em alerta para qualquer que seja a possibilidade que este homem tenha de se livrar de uma pena digna de seu crime!
Mais uma vez nossa ilha é cenário de vilencia policial! Em menos de uma ano três casos de figuras conhecidas abalaram a ilha e sabe-se lá quantos não ficaram ocultos pelas periferias de nossa cidade.

É preciso lutar contra a violencia policial, policia esta aqui é para nos dá segurança e não insegurança!! E que seja filho de Lula, de Sarney, de Jackson, de Bush, de Cutrim ou de quem quer que seja, ninguém tem o direito de tirar a vida de alguém e se age dessa forma deve ser punido como qualquer outro seria.

'Precisamos sair às ruas por que a cada dia a violência se aproxima ainda mais da nossa porta!' Por volta de agosto do ano passado estava eu em uma manifestação contra a violencia policial feita pelos professores, alunos e familiares do prof Flavio, quando ouvi um professor meu dizer tal frase que no momento me tocou, mas que não foi nada que passa-se daquele momento e em menos de um ano Carlos Negão é vítima desse mesmo tipo de violencia!
(...)
É triste nos vermos diante de tanto conformismos! No ano passado foi lançado aquele 'Tropa de Elite' que só trouxe mais uma vez a confirmação de nossa conformação com a violencia contra a periferia, contra pretos, contra pobres! Onde estamos e pra onde vamos assim?? 'Que país é esse??'

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Jornal O Quarto Poder entrevista Amanda Dutra


SEGUE a entrevista que essa humilde blogueira
deu ao jornal impresso a respeito dos "Jovens Vigilantes"
Udes Filho - Quando surgiu o grupo Jovens Vigilantes?
Amanda Dutra - Os jovens vigilantes sempre existiram, pois são aquelas pessoas que não fecham os olhos para os problemas e tentam realmente fazer algo para melhorar. O que fizemos foi juntar esses jovens em um grupo que recebeu o nome de Jovens Vigilantes no final do ano de 2006 em meio a passeatas estudantis e discussões políticas.
Udes Filho - Quantas pessoas, aproximadamente, fazem parte deste grupo?
Amanda Dutra - Como temos simpatizantes em vários municípios não há um número exato, mas só na comunidade do orkut “jovens vigilantes” temos 178 membros. Na lista de discussão no yahoo somos 30 pessoas.
Udes Filho - Há quanto tempo você comanda o grupo?
Amanda Dutra - O grupo não tem comandante nem comandados, o que ocorre é que há pessoas que estão desde a fundação (como eu), as que são mais ativas, etc. É importante deixar claro o caráter horizontal e participativo dos JV.
Udes Filho - O que motivou a criação do Jovens Vigilantes?
Amanda Dutra - Dizem que depois da tempestade vem à bonança, mas nós não queremos a calmaria, a passividade. Depois do clímax: da volta da manifestações/passeatas políticas nas ruas, não queríamos deixar essa chama, esse grito morrer. Os jovens vigilantes surgiu do medo de dispersarmos e perdermos a oportunidade de aglutinar tanta gente qualificada. Sabíamos que não estávamos atrás de fins eleitoreiros, não era apenas a derrota de Roseana, não glorificamos Jackson e por isso queríamos continuar atentos e ativos.
Udes Filho - O Jovens Vigilantes é ligado a algum partido político?
Amanda Dutra - De forma alguma temos ligação e financiamento político-partidário, recusamos e repudiamos essa prática infelizmente exercida por algumas entidades que dizem representar a juventude. Não queremos padrinhos, nem coronéis, nem amarras.
Udes Filho - Algumas pessoas acusam o grupo Jovens Vigilantes de ser manipulado pelo PDT. Qual é sua posição a respeito de comentários como este?
Amanda Dutra - Comentários sem fundamento. O que acontece é que, como muitos de nós, participaram da organização das passeatas contra a oligarquia Sarney, alguns devem erroneamente pensar que somos pedetistas; pelo contrário, surgimos justamente com o intuito de continuarmos vigilantes com que quer que esteja no poder, não vamos baixar a cabeça nem sermos manipulados por nenhuma sigla partidária.
Udes Filho - Qual a mais importante ação do grupo?
Amanda Dutra - Na fundação do grupo tínhamos como primeiras bandeiras: a democratização dos meios de comunicação, a questão ambiental (siderúrgica, área Itaqui-Bacanga,..) e as passagens intermunicipais. Conseguimos algumas vitórias e importantes inserções nos espaços onde esses temas eram discutidos. Todas as ações são importantes, posso falar, então, da mais atual: o passe livre. Após meses de reuniões com vários segmentos (estudantes, professores, pais, escolas,...) organizamos a 1ª passeata (26 de outubro) que teve a participação de 7 municípios do MA e intensa cobertura da mídia. O direito a não pagar a tarifa do ônibus já é realidade em várias cidades brasileiras, e continuaremos reivindicando essa política simples de incentivo à educação. Conseguimos vários apoios voluntários importantes, como:diretores de escolas, promotores da justiça, jornalistas, secretários do governo, deputados, lideres comunitários; enfim, 2008 promete e eu convido a todos a participarem da construção do movimento passe livre.
Udes Filho - Sendo você a representante de um grupo jovem e politizado, eu pergunto: A Secretaria da Juventude tem feito algo de bom para os jovens maranhenses?Amanda Dutra - Quem fez “algo de bom” foi o governador Jackson Lago quando criou a secretaria da juventude (sem orçamento próprio, mas a tirou do papel). A secretaria ainda está devendo muito, nós que compomos a juventude do estado temos o direito de ter muitas expectativas para essa pasta, chega de pensar a juventude como o futuro e não fazer planos de ação no presente. Não queremos migalhas pontuais e assistencialistas, nós exigimos políticas públicas efetivas e contínuas para os jovens do Maranhão.
Udes Filho - Para o grupo Jovens Vigilantes, o que falta ser feito pelo governo para melhorar a situação da juventude em nosso Estado?
Amanda Dutra - Muito, muito deve ser feito. Não queremos só palestras (eu as adoro), mas se não vierem acompanhadas da prática e do cuidado cotidiano com a juventude, ela vai padecer como há muito tempo é marginalizada nesse estado. No começo de 2008 teremos as conferências municipais, estadual e nacional da juventude. As diversas secretarias do governo (Juventude, Educação, Esporte, Cultura, Ciência e Tecnologia, etc.) devem fazer esforços para construção de ações conjuntas que supram as diversas necessidades do segmento juvenil que corresponde a aproximadamente 30% da população do MA.

Fonte: O Quarto Poder.